Como o mundo tem atuado no combate à desertificação
Ações restauram ecossistemas e promovem o monitoramento de potenciais hídricos.
A desertificação é um fenômeno capaz de reduzir a capacidade produtiva do solo, frequentemente relacionado a ações antrópicas. O desmatamento, as queimadas e a criação de gado são as principais atividades que aceleram a desertificação de um ambiente.
Os dados do Relatório Anual de Desmatamento (RAD2022) apontam um crescimento de 22% em áreas desmatadas. Diante da exploração desregulada, o Brasil conta com 12,85% do território nordestino em processo de desertificação.

As consequências causadas pela desertificação podem ser controladas a partir de práticas sustentáveis. O tema ganha evidência no artigo publicado pela Agência Envolverde, com base em conteúdo produzido pela Synergia Socioambiental.
Segundo o artigo, a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD) tem investido em propostas para a restauração de terras degradadas, com o objetivo de impedir o avanço da desertificação em importantes ecossistemas.
No Brasil, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) tem inspirado produtores rurais a partir do programa Produtor de Água, em que, utilizando do conceito de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), o programa oferece suporte técnico e financeiro no tratamento da água e do solo.
A partir da Conferência das Partes (COP15), realizada em maio de 2022 pela Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD), líderes mundiais se reuniram para debater e indicar iniciativas endereçadas sob o “Terra, Vida. Legado: Da escassez à prosperidade”.
Entre as iniciativas implementadas, destaca-se a Grande Muralha Verde, projeto iniciado há 15 anos para a restauração do território africano. Até o ano de 2030, a projeto pretende restaurar mais de 100 milhões de hectares das regiões degradadas.
O combate à desertificação no Brasil
O principal desafio no território brasileiro se concentra nas regiões da Caatinga e do Cerrado, reconhecidos como os biomas mais propensos à desertificação. Somente na Caatinga, 6 milhões de hectares foram afetados pela seca.
Para transformar esse cenário, especialistas apresentam soluções a partir do reflorestamento e sistemas agroflorestais, bem como projetos de lei que visam a pesquisa e monitoramento da região.
Além do impacto na vegetação e na diversidade de espécies, a desertificação também contribui para o cenário de crise hídrica. Diante da seca, nascentes e mananciais perdem sua resiliência e podem desaparecer, afetando a abastecimento de toda a região.
Por isso, a sustentabilidade hídrica é alternativa eficaz para transformar o cenário de desertificação. A partir do uso de tecnologia e sistema de dados, os potenciais hídricos de uma região podem ser preservados para manter o abastecimento e o uso consciente da água.
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